Que Eu Não Seja um Covarde

“Que eu não peça a graça de ser resguardado dos perigos,
mas de ser destemeroso ao enfrentá-los.
Que eu não rogue para que minha dor se acalme,
mas por ter coragem de dominá-la.
Que eu não procure aliados no campo de batalha da vida,
mas confie na minha própria força.
Que eu não aspire, cheio de ansioso pavor, a ser salvo,
mas tenha esperança na paciência para obter liberdade.
Concede que eu não seja um covarde,
sentindo a tua misericórdia apenas em meu êxito,
mas deixa-me encontrar o aperto da tua mão na minha derrota.”
(Rabindranath Tagore. Coletânea de textos com o tílulo: Rabindranath Tagore, publicada pelo Min. Educ. e Cultura, MEC, 1962. 295 pp. Grifo nosso.)