Erguido Véu do Simbolismo Igrejas São Similares, Doutrinas Básicas São Idênticas

Uma vez erguido o véu do simbolismo da face divina da Verdade, todas as Igrejas são similares, e a doutrina básica de todas é idêntica (…). Grega, Hermética, Budista, Vedantina, Cristã – todas essas Lojas dos Mistérios são essencialmente unas e são idênticas em doutrina. (…)

Nós sustentamos que nenhum credo eclesiástico isolado é compreensível somente por si mesmo, se não for interpretado com o auxílio de seus antecessores e de seus contemporâneos.

Por exemplo, estudantes de teologia cristã somente aprenderão a entender e a apreciar o verdadeiro valor e significado dos símbolos que lhes são familiares por meio do estudo da filosofia Oriental e do idealismo pagão.

Pois o Cristianismo é o herdeiro dessa filosofia e desse idealismo, e o que há de melhor em seu sangue vem das veias dessa filosofia e desse idealismo.

E visto que todos os seus grandes antecessores ocultaram por trás de suas fórmulas e ritos externos – os quais são meras cascas e coberturas para entreter os pobres de entendimento – as verdades internas ou ocultas reservadas ao iniciado, assim também o Cristianismo reserva aos buscadores sérios e aos pensadores mais profundos os Mistérios internos verdadeiros, que são unos e eternos em todos os credos e igrejas desde o princípio do mundo.

Esse significado verdadeiro, interior e transcendental é a Presença Real velada nos Elementos do Divino Sacramento: – a substância mística e a verdade simbolizadas sob o pão e o vinho das antigas orgias de Baco, e agora da nossa própria Igreja Católica.

Para aquele não sábio, que não pensa profundamente, que é supersticioso, os elementos físicos são a finalidade do rito; para o iniciado, o vidente, o filho de Hermes, eles são apenas os sinais externos e visíveis daquilo que é sempre, e necessariamente, interno, espiritual e oculto”. [Edward Maitland. Citado por Samuel H. Hart, em seu Prefácio à Quinta Edição (pp. 12-13), da obra The Perfect Way (O Caminho Perfeito). Citação extraída da obra The Life of Anna Kingsford (A Vida de Anna Kingsford), Vol. II, pp. 123-124; grifos nossos]