“Enquanto não forem, ou os filósofos reis nas cidades, ou os que agora se chamam reis e soberanos filósofos genuínos e capazes [N.A.: Platão usa esses adjetivos (genuínos e capazes) porque filosofia para ele é verdadeiro amor e vivência da sabedoria, a qual é muito mais do que conhecimentos intelectuais, como no Livro da Sabedoria, comumente atribuído à Salomão, que é dirigido aos governantes] e se dê esta união do poder político com a filosofia, enquanto as numerosas naturezas que atualmente seguem um desses caminhos com exclusão do outro não forem impedidas forçosamente de o fazer, não haverá tréguas dos males, meu caro Gláucon, para as cidades, nem sequer, julgo eu, para o gênero humano (…). Mas isso é o que há muito tempo hesitava em dizer, por ver como seriam julgadas paradoxais essas afirmações. Efetivamente, é penoso ver que não há outra felicidade possível, particular ou pública.” (Platão. A República. Livro V, 473 d-e, p. 251; nota e grifos nossos)
Enquanto Não Forem os Filósofos Reis, Ou os Reis e Soberanos Filósofos Genuínos e Capazes, Não Haverá Tréguas dos Males
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