“Pois a “Humanidade” é que é a grande Órfã, a única deserdada sobre esta terra, meu amigo. E é dever de todo homem capaz de um impulso altruísta fazer algo, por pouco que seja, em prol do seu bem-estar.
Pobre, pobre humanidade! Me faz lembrar a velha fábula da guerra entre o Corpo e seus Membros: também nesse caso cada membro dessa imensa “Órfã” — sem pai nem mãe — cuida egoisticamente só de si mesmo. O corpo desprezado sofre eternamente, quer os membros estejam em guerra ou em repouso.
Seu sofrimento e angústia jamais cessam, (…) E quem pode censurá-la — como fazem vossos filósofos materialistas — se, nesse perpétuo isolamento e negligência, ela descobriu deuses a quem “clama sempre por auxílio sem ser escutada” … Assim —
não deixarei clamar nenhuma pessoa a quem eu possa salvar!”
(K.H. In T. Baker, editor. The Mahatma Letters to A.P. Sinnett, L. 8, p. 32)