“A fé nos princípios e mandamentos religiosos foi erodida mais de um século atrás pelo advento da educação moderna baseada na lógica e na razão e pelo avanço do conhecimento científico. (…)
A homocentricidade do Cristianismo bíblico foi substituída pelo orgulho de uma espécie que acreditou ter se elevado ao pináculo em um gigantesco processo de mudança conhecido pelo nome de evolução. A vontade de Deus, os mandamentos religiosos, e as leis morais – todos esses enfraqueceram até a insignificância perante a imagem do homem a respeito de si mesmo como um pensador e um criador.
Como um resultado dessas forças, crescentemente o indivíduo passou a ver a si mesmo como uma entidade absolutamente independente, com o direito incondicional de promover o seu próprio progresso e de satisfazer os seus desejos a despeito de como isso afete outras pessoas e formas de vida. (…) A nova ‘moralidade’ está baseada na descrença em um propósito consciente ou inteligente por detrás do processo evolutivo. Se tudo é uma questão de acaso, a pessoa deve jogar o jogo espertamente e tratar de que as oportunidades lhes sejam mais favoráveis.” (Radha Burnier. The Theosophist, jun/1993)